Como Coletar MICROALGAS ?

Exitem diversos processos para coletar microalgas, nesta postagem deixarei um relatório bem detalhado de como um limnólogo deve proceder em campo no momento de coletar seu material de trabalho.


Amostra Quantitativa:

Muito usado em amostra quantitativas, pois o limnológo poderá mensurar a quantidade de algas com a quantidade de água. Neste processo deve-se passar um frasco entre florações de algas visivéis ou até mesmo na agua límpida (Maior dificuldade em encontrar alga na análise), enchendo o frasco pela metade. Ao colocar o frasco deixá-lo pelo menos 20 cm abaixo da coluna de água. É importante lavar de quatro a cinco vezes o frasco de vidro ou plástico na mesma água do reservatório, rio ou lago antes de usá-lo, isso para retirar o álcoli natural do frasco.
Quando a coleta for em florações a agua deve ser coletada na superfície e apenas na nata superficial. Coloca-se a amostra num frasco de 5 litros que deve ser refrigerado até o laboratório.

É importante lembrar que em amostras quantitativas é necessário usar amostradores do tipo Kemmerer, Juday e Van Dorn.

Amostrador Van DOrn

Amostrador Kemmerer

Amostra Qualitativa:
Neste tipo de amostragem é importante usar um rede de plâncton. (veja Imagem abaixo) Passa-se sucessivamente a rede na água onde as algas vão se concentrando nas fibras e no frasco que fica truncado no final da rede de plânctons.

A rede de malha de plancton ideal para cianobactérias é a de 20 micromêtros. Existem no mercado redes de 5, 10 a ate 50 micromêtros.

Rede de coleta plâncton
A amostragem em rede pode ser:
Amostragem horizontal: Quando a muito vento ou correnteza.
Amostragem vertical: quando deseja-se analisar toda a coluna d'água.

Amostra Perifítica:
Neste tipo de amostragem deve-se coletar a alga juntamente com todo o seu substrato e levar em caixinhas para o laboratório. Caixas de fósforos são boms exemplos de caixinhas.

Amostra de algas arborícolas:
Para tanto deve-se com um canivete cortar o material contendo a alga levando-os em caixas para o laboratório. A "casca" da arvoré deve ser retirada junto.

Lagoa com florações de algas verdes
Referências bibliográficas:

Célia L. Sant'Anna, et al. Manual Ilustrado para identificação e contagem de cianobactérias planctônicas de águas continentais brasileiras.Rio de Janeiro: Interciência; São Paulo: Sociedade Brasileira de Ficologia - SBFic, 2006.

BICUDO, Carlos E. de M.; MENEZES, Mariângela. Gênero de algas de águas continentais do Brasil - Chave para identificação e descrições. Segunda Edição - São Carlos: RiMa, 2006.

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Fernanda Aires Guedes Ferreira

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